Gestão de Projetos baseada em Missões (Quest-based Project Management)
Nos jogos de RPG (Role Playing Game), como o próprio nome diz, cada jogador interpreta um personagem. É o equivalente nos vídeo-games a possuir um avatar, uma espécie de alter ego com o qual se vive uma segunda vida. Particularmente gosto desses jogos, pois geralmente possuem desafios diversos, relacionados ao ganho de habilidades, recursos financeiros, viagens e principalmente às missões.
Cada missão possui um objetivo, mas para alcançá-lo é preciso seguir pistas, coletar itens, falar com pessoas e às vezes trabalhar em grupo. Algumas missões são mais difíceis que outras e para cada grau de dificuldade existe uma recompensa proporcional.
Mas por que estou falando disso num blog de Gestão de Projetos? Porque muitas vezes fazemos “projetos baseados em missões”, muito similares as do RPG, sem visibilidade de quanto tempo e recursos serão gastos e, principalmente, sem idéia do que precisa ser feito.
Nos jogos, o designer define o escopo da missão e um saldo sempre positivo, quero dizer que você sempre sai ganhando ao realizar uma missão. Mas na gestão de projetos, os prejuízos podem ser muito maiores que a receita. Precisamos conhecer ao menos a tríplice restrição (escopo, tempo e custo) para realizar um projeto, mas precisamos conhecer também todas as interfaces com outros departamentos, seus tempos de atendimento e como interagir com eles.
Projetos baseados em missões são receita certa para prejuízos e por isso, nas próximas semanas falaremos sobre métodos de trabalho e sua importância. Por hora, tenha em mente que sem parâmetros não há medidas, sem planejamento não há controle e sem histórico não há previsibilidade.
P.S: O termo “Projetos baseados em missões” é uma sátira organizacional, similar ao “Modelo bem-humorado para classificação de Projetos problemáticos“.
Eli Rodrigues