Árvore de Decisão

Este post faz parte da série “Como gerenciar riscos”

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Na minha opinião, uma das ferramentas mais úteis no gerenciamento de riscos é a Árvore de Decisão. Ela ajuda a analisar cenários complexos de forma visual e permite que se tome uma decisão mais embasada e assertiva, pois apresenta o Valor Monetário Esperado nos diferentes cenários.

No exemplo abaixo, faremos a avaliação de GON/NO GO de um projeto. Trata-se de um projeto que “chegou em cima da hora” e que o prazo solicitado pelo cliente é bastante arriscado. Para analisar o caso criamos um cenário conservador (que provavelmente não atenderia ao prazo) e um cenário agressivo, em que se colocarão mais recursos humanos para tentar melhorar a probabilidade de sucesso.

Caso 1 – Não pegar o projeto

No caso  1, o cenário conservador têm um total de custos de 500.000 reais e 30% de sucesso no cenário conservador e 40% de sucesso no cenário agressivo. Qual cenário escolher?

Neste caso, tanto o cenário conservador quanto o agressivo têm probabilidades altas de fracasso, com prejuízo estimado em -200.000, no cenário conservador e -110.000 no cenário agressivo. Logo, não vale a pena pegar o projeto.

Caso 2 – Pegar o projeto

Já no segundo caso, aumentamos um pouco mais a probabilidade de sucesso no cenário conservador. Seguindo todos os procedimentos da empresa para gerar o projeto, tem-se 60% de chance de sucesso. Ainda é baixa, mas já melhorou!

No cenário agressivo, embora a receita diminua, tem-se 75% de chance de sucesso. Os Valores Monetários Esperados de ambos são respectivamente, 100.000 no cenário conservador e 275.000 no cenário agressivo. Bem, neste caso vale a pena pegar o projeto, principalmente no cenário agressivo, que pode gerar prejuízos de -137.000 se falhar, mas pode gear ganhos de 412.500 se tiver suceso, um valor monetário esperado de 275.000. Já no cenário conservador, teria-se um custo de fracasso de -200.000 contra  300.000 de ganho. Nos dois cenário há chance de sucesso, mas o melhor é, definitivamente, o cenário agressivo.

Bem, assim se usa a Árvore de decisão. Montam-se cenários e, baseados nas probabilidades x Valor do impacto (que é a própria definição do VME), realiza-se a análise completa.

Espero ter ajudado!

Eli Rodrigues