Lições aprendidas na forma de Padrões de Projeto: Case Aplicativo
Uma das ferramentas mais poderosas para otimizar o trabalho de gestão de projetos no dia-a-dia é a coleta de Lições Aprendidas. Essas lições, que são experiências de projetos passados, podem ser coletadas de diversas formas, a mais comum é a criação de documentos em que cada projeto deve registrar o que “deu certo” e o que “deu errado”. Os problemas do uso deste documento são dois: Muitos GPs se sentem desconfortáveis de registrar seus erros e de divulgá-los para a empresa e o outro, é que esses docuRAmentos geralmente ficam armazenados nas pastas dos projetos, não sendo nunca divulgados para o resto da Organização.
No intuito de solucionar estes dois problemas, certa vez, participei da criação de um “padrão de projeto”. A empresa onde eu trabalhava na época realizava projetos de infraestrutura de TI e montamos estes padrões para reduzir a incidência de erros recorrentes. Neste padrão incluímos os pontos abaixo, que compuseram sua estrutura básica:
- Escopo – Registra o que “normalmente” faz parte do escopo desse tipo de projeto
- Premissas e Restrições – Já que os projetos são similares, pode-se também reutilizar as premissas (pressupostos) e as restrições.
- Matriz de Responsabilidades – No formato de uma tabela RACI, estruturamos um padrão de tomada de decisão, incluindo os stakeholders que normalmente participavam daquele tipo de projeto.
- Riscos mais frequentes – Apresenta os riscos mais críticos que podem ocorrer na categoria de projeto.
- Cronograma de Marcos – Em alguns casos é possível identificar tempos-padrão para execução de atividades de um projeto. Com isso, é possível montar um cronograma de marcos (pontos importantes do projeto), para tomar como base de prazo para projetos futuros.
O resultado deste padrão tomou um formato similar ao modelo abaixo. Neste caso, apresento um exemplo de padrão para o desenvolvimento de aplicativos, por ser mais didático.
Em projetos de aplicativos, de forma simplificada, tem-se uma fase de Concepção, em que são coletados os requisitos e determinados os padrões visuais (User Interface – UI) e de experiência do usuário (User Experience – UX). Na fase de Desenvolvimento é definida uma arquitetura de software e é realizada a codificação e testes. E finalmente, na fase de Entrega, obtem-se a aprovação do cliente, configuram-se os servidores de conteúdo (o que aparecerá no app) e faz-se a publicação nas lojas (Ex: Googleplay, Appstore, Windows Store etc).
Em termos de Premissas e Restrições é importante definir que linguagem será utilizada, se o conteúdo será estático ou dinâmico e como será tratado e hospedado o conteúdo e a matriz de decisões inclui os principais papéis envolvidos neste tipo de projeto.
Entre os riscos, elencamos as mudanças (de visual e funcionalidade), muito recorrentes neste tipo de projeto e os devices, ou seja, em que aparelhos o app rodará. Por último, no Cronograma, definem-se os marcos e, idealmente, as datas, não adicionados ao exemplo por haver grande variação de datas, de acordo com a quantidade de tecnologias, telas e conteúdos.
Existem, obviamente, muito mais pontos a observar, mas para manter o exemplo didático, suprimi uma série de dados do Padrão.
Baixe aqui o padrão em Excel e monte o seu, de acordo com os tipos de projeto que sua empresa mais trabalha.
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Espero ter ajudado,
Eli Rodrigues
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Créditos: Imagem do aplicativo extraída do site Design Criativo (http://www.dcriativo.com/)
Agradecimentos: Jaqueline Silva, estagiária de computação que me auxiliou na construção do primeiro padrão e ao José Brandão Júnior, da TAP4Mobile, que me municiou com informações para montar esse padrão de apps.
eli bom dia estou precisando fazer um cronograma no ms project vc tem conhecimento ,pois estou procurando quem faz pois nao consegui
Oi Fernando, beleza?
Você pode seguir a série “como fazer um cronograma”, ela vai te ensinar passo a passo. Segue o link: https://www.elirodrigues.com/gestao-de-projetos/serie-como-fazer-um-cronograma/