10 modelos de negócio do mercado Mobile
Desde que comecei a trabalhar no mercado mobile, muita gente tem me perguntado como obter remuneração sobre aplicativos e jogos. Os modelos são muito simples e não tenho visto muita variação. O mercado de aplicativos móveis movimenta, só na parte de jogos mais de 26 bilhões de dólares, no entanto, esse valor é dividido entre poucos grandes players, por isso, estude bem o mercado antes de resolver abrir a “portinha”.
Os modelos de negócio básicos são:
- Outsourcing – Vender sua capacidade produtiva a terceiros, ou seja, fazer aplicativos sendo remunerado pelas horas de trabalho.
- Venda direta – Vender aplicativos nas lojas a um preço cheio, sem demostração.
- Demo + Venda – Disponibilizar uma versão gratuita do aplicativo com funcionalidades reduzidas (pode ser apenas uma fase do jogo ou um limite máximo de tempo ou de jogadas).
- Patrocínio – O aplicativo é gratuito para o usuário final, mas é patrocinado por algum órgão governamental.
- Licenciamento – Fazer uma versão exclusiva de um aplicativo ou jogo para um cliente, expondo sua marca.
- Aluguel – A empresa cliente pode pagar uma taxa mensal para uso do aplicativo que pode ser limitada pelo número de usuários, acessos ou devices.
- Advertising (Ads) – O aplicativo é gratuito, mas a empresa é remunerada pelos cliques ou visualizações (modelo Facebook).
- In-app purchase (ou Fremium) – O aplicativo é gratuito, mas há itens dentro dele que são vendidos. Geralmente a lógica do app ou jogo influenciam o usuário a comprar. Vende-se tempo (as coisas terminam mais rápido), itens especiais (se for um jogo, espadas, escudos etc), maior abrangência para o app geolocalizados, ou ainda, funcionalidades que apenas os usuários pagos possuem.
- Conteúdo – O aplicativo é gratuito, mas o conteúdo dele é limitado. Se o usuário quiser mais terá que pagar.
- Revenue Share – A empresa recebe um percentual das transações financeiras efetuadas.
Estes modelos são os mesmos utilizados pelo Google, quando vende a chance de aparecer na primeira página; pelo Facebook, quando vende propagandas e cobra por cliques; pelo Linkedin, que criou o perfil Premium e cobra a parte pela funcionalidade de busca de vagas; Twitter, que possui posts patrocinados e perfis oficiais etc.
Há empresas, como a King, empresa que fez o jogo “Candy Crush Saga” que dá a opção de comprar ou jogar gratuitamente, se você compartilhar o aplicativo com seus amigos. Deste modo, a empresa aumenta as chances de espalhar o produto e chegar até um cliente disposto a pagar por ele.
Um modelo ainda considerado inovador é o iTunes, pois a empresa vende a plataforma de hardware e se monetiza pelo conteúdo. Mas este mesmo modelo de negócio também foi implementado pela Amazon, que vende livros e músicas e pela GooglePlay, que comercializa livros e filmes. Não posso deixar de citar o modelo de Revenue Share, que é aplicado tanto pelas empresas citadas quanto por empresas de e-commerce como a Paypal e PagSeguro, da UOL.
Que modelos de negócio surgirão no futuro? Não se sabe dizer. Sabe-se que tudo que existe hoje não existia há 10 anos atrás e que , certamente, há marketeiros estudando novas possibilidades.
Eli Rodrigues