Gestão (estratégica) minimalista
Cultura Organizacional
Costumo dizer que a Cultura Organizacional é a “Personalidade da Empresa”, ou seja, a forma como ela “pensa” e “se comporta”. É muito fácil rotular a personalidade de uma pessoa, pois conceitualmente a personalidade vem de persona (aquelas máscaras de carnaval antigas), o que nos leva a entender que a personalidade é o que o outro vê sobre nós (o que vemos sobre nós mesmos é o caráter).
Ambas as personalidades são percebidas pelas atitudes, da pessoa e da empresa. A grande diferença é que uma pessoa toma suas próprias decisões de vida, baseada nos conceitos que aprendeu em casa, nas experiências que atravessa e no que almeja conquistar.Em contrapartida, a empresa é composta por várias pessoas e, por isso, precisa de uma “declaração” do que é esperado e, principalmente, valorizado pela alta direção.
Essa declaração é composta pela Missão e Visão – equivalentes ao que a empresa “fala”, pelos valores – equivalentes ao que a empresa “aprendeu em casa” e pelos objetivos estratégicos -que mostram o que é prioridade e definem o Mérito.
O indivíduo que cumprir esses fatores deve ser valorizado, é o que chamamos de Herói. Ele servirá como um exemplo positivo aos demais, que se espelharão nele para descobrir como se comportar. Além disso, a alta direção comunica a Cultura da empresa nas decisões que toma, com as pessoas que promove, clientes que obtém, regras que impõe, comunicados, ferramentas, relatórios etc.
Minimalismo
Ocorre que cada uma dessas pessoas que compõem a Organização “tem mais o que fazer” do que decorar valores e metas. Por isso, defendo o Minimalismo como conceito imprescindível para o sucesso da implantação de uma Cultura.
Devemos os perguntar: O que realmente é importante que as pessoas lembrem?
Empresas têm a tendência de encher-se de burocracias desnecessárias e com isso desviam, sem perceber, o foco de seus funcionários. Definamos então poucas metas, que juntas nos levem ao resultado esperado, sem desviar o foco um minuto sequer. É fundamental que os funcionários sejam capazes de decorar as mensagens que queremos passar, sem que isso lhes seja difícil.
Poucos valores, poucas metas estratégicas (e individuais), Missão e Visão com textos pequenos, facilmente parafraseáveis e decoráveis. Mas principalmente, que essa mensagem faça parte constante da pauta de todas as decisões tomadas, sem desvios. Assim alcançaremos não apenas o foco, mas a adaptabilidade, pois se for preciso mudar a estratégia ao longo do caminho teremos pouco a alterar. Esse é o segredo!
Eli Rodrigues