Como fazer uma análise SWOT

Olá amigos,

Hoje discorreremos sobre uma ferramenta muito importante no contexto empresarial, mas também no mundo dos projetos/produtos: A análise SWOT.

Sua estrutura é bem simples, trata-se de uma sigla composta pelas palavras (em inglês) Strengh, Weakness, Opportunities Threats. Na tradução para a língua portuguesa ficou: Pontos fortes, pontos fracos, oportunidades e ameaças. Há quem goste de chamar de FOFA, mas acho que a sigla ficou engraçadinha demais para uma ferramenta tão importante… rs.

swot

  • Pontos fortes e fracos devem observar a empresa de fora para dentro, ou seja, o que ela tem de vantagem (ou desvantagem) competitiva em relação ao mercado (aos concorrentes).
  • Oportunidades e ameaças devem observar a empresa de dentro para fora, ou seja, considerando seus pontos fortes/fracos, que oportunidades e ameaças há no mercado que podem impactá-la?

Normalmente nos tutoriais por aí afora, diz-se apenas que os pontos fortes e fracos são “o que a empresa tem de bom/ruim” e as oportunidades e ameaças são visões do mercado. O problema desse modo de pensar é sua superficialidade, que pode levar o gestor a transferir suas “paixões” para o SWOT. A ferramenta é para análise, mas não psicológica rs.

Vejamos um exemplo para fixar a ideia:

Neste exemplo, considerei uma padaria simples de bairro que serve pão quentinho “de hora em hora” e é a única na vizinhança. Ao mesmo tempo, o gerente administrativo tem recebido reclamações sobre o serviço e o preço. A dona da padaria vislumbra a oportunidade de aumentar a diversidade de produtos e fazer entregas nas casas, ao mesmo tempo que teme o fato de haver uma padaria do bairro ao lado já fazendo entregas por aqui. Afinal, quem é essa empresa e o que ela deve fazer?

Percebeu como a SWOT organizou as informações? Agora os pontos ficaram bem claros e as ações podem começar a ser discutidas sob a premissa de que devemos “fortalecer o que for bom e corrigir o que for ruim”.

Das situações acima, qual teria a prioridade 1? e a 2? e a 3?

Bem, na minha opinião, a sequência de passos seria:

  1. Treinar o pessoal de atendimento e com isso, melhorar a percepção do preço (talvez “matando dois coelhos com uma cajadada só”)
  2. Investigar o mercado local de entregas e verificar se realmente vale a pena fazer entregas.
  3. Estabelecer um “projeto piloto” para as entregas, avaliando custos durante um período antes de fazer maiores divulgações no bairro.
  4. Fazer uma enquete com os clientes sobre a diversidade de produtos. Quanto maior a diversidade de produtos, menor a eficiência operacional, se os clientes já estiverem satisfeitos não  há porque mudar.

Pus o item da diversidade em último, pois, pelo que ouvi dizer “os clientes andam reclamando do atendimento e do preço”. E nessa hora, não adianta fazer enquetes, todo resultado será ruim!

Por enquanto é isso, espero ter ajudado!

Eli Rodrigues

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Publicado por: Eli Rodrigues

There are 3 comments for this article
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  2. Rodrigo Cordeiro at 16:16

    Ao meu entender, seria um empreendedor externo. Onde verifica os pontos fracos/fortes de seus concorrentes e as oportunidades/ameças que o mercado o oferece. Porquê o empresário pensa apenas no lucro e não em inovações.

    • Eli Rodrigues Author at 06:09

      Olá Rodrigo,

      Primeiramente obrigado pelo comentário e pela oportunidade de aprofundar a discussão. A afirmativa de que “o empresário busca apenas o lucro e não inovações” nem sempre é verdade. Veja o caso da Apple, que desenvolveu uma inovação disruptiva e a comercializou a preços módicos; empresas de telefonia e mídia, que constroem inovações em serviços constantemente e também a indústria de notícias sofrendo com a metamorfose dos meios de comunicação.

      O mercado é um conjunto de empresas em disputa (ou também em colaboração), sem inovações é impossível sobreviver. Cedo ou tarde algum concorrente irá superar esse tal “empresário que só pensa no lucro”. Veja o exemplo da máquina de datilografia, toda a indústria fonográfica (vinil, cd, dvd etc) e agora muito mais gravemente a indústria de educação, sendo obrigada a se reinventar, internacionalizar, digitalizar etc.

      Acredito que sua afirmativa reflita algum contexto específico e gostaria bastante de saber mais detalhes sobre ele. Se puder, comente um pouco mais.

      Eli